13 Produtos que você jamais compraria se soubesse do que são feitos
Você não compraria se soubesse a origem, já parou para pensar de que são realmente feitos os produtos que você consome? Por exemplo, um simples sorvete de casquinha geralmente é feito à base de creme de leite, açúcar e pode em alguns casos até conter ovos. O que provavelmente você não sabe é que muitos contém castóreo uma secreção presente na parte traseira dos castores se é que você entende.
Essa secreção é usada para impermeabilizar o pelo do animal. E como ingrediente serve para dar o aroma natural da baunilha e de outros produtos como perfumes. Neste artigo vamos mostrar produtos que talvez você deixaria de comprar depois de saber de que são feitos.
Você não compraria se soubesse a origem de alguns cosméticos
Vários produtos de maquiagem e higiene pessoal possuem o ácido esteárico. Este é considerado um ácido graxo derivado de banha ou como conhecemos melhor a gordura do porco; ou também sebo que é exatamente a gordura derivada da carne do boi ou carneiro. O ácido esteárico é produzido por meio de fervura das carcaças de animais e é bastante usado na produção de cosméticos.
Algumas marcas já utilizam a versão sintética desse ácido, enquanto outras preferem o convencional. Mas para ter certeza de que você não está consumindo produtos que contenham derivados de animais é preciso que a empresa informe que se trata de um produto orgânico ou vegano. Em caso contrário é preciso confirmar com a fabricante para saber qual a verdadeira origem do ingrediente.
Você não compraria se soubesse a origem do colágeno
Ainda no universo da beleza o colágeno é obtido através da fervura de peles, ligamentos, tendões e ossos de bois e porcos. Muito conhecido por ser uma substância que ajuda na elasticidade da pele. A substância muito usada em produtos antienvelhecimento, inclusive, não é nada barata. Já na indústria de alimentos, o colágeno é um dos principais ingredientes da gelatina, balas gelatinosas e doces considerados caseiros, como a maria mole.
A alternativa com nutrientes mais próximos do colágeno de origem animal é a goma agar-agar que é derivada de águas marinhas muito usadas pelos asiáticos. Mas, a goma inclusive vem sendo implementada no Brasil aos poucos. Na lista de ingredientes dos produtos, o componente chinês pode aparecer listado como gelatina ou colágeno.
Queijos
De forma geral, para se produzir queijos é preciso que haja fermentação, e essa fermentação é feita a partir de uma enzima chamada coalho. E não é somente o queijo coalho, mas qualquer queijo, todos eles precisam dessa bactéria para serem feitos. O problema é que o coalho é produzido no estômago dos bezerros e não precisamos entrar em detalhes para dizer como essa enzima é retirada de lá certo.
Mas esse é um método controverso que é utilizado para acelerar o processo de produção de queijos industrializados. Antigamente lá no tempo dos nossos avós, não se encontrava o coalho para comprar. Por isso nas fazendas os produtores de queijo ordenhavam as vacas e guardavam o leite para que ele azedasse de um dia para o outro. Depois de azedo o leite talhava formando uma massa de proteína que se separava do soro.
E basicamente é assim que ainda hoje em dia se faz um queijo de forma natural. Agora você não precisa esperar um dia inteiro para comer um pedaço de queijo. Já que atualmente existem diversas opções de queijos vegetais disponíveis no mercado.
Pringles
A não, você não queria que a batatinha estivesse aqui não é? Mas sim cá está, as deliciosas batatinhas de tubo também estão nessa lista. Infelizmente só para você ter ideia uma vez a fabricante argumentou que sua produção de alimentos é feita com alto teor de processamento e baixo teor de batatas. Assim ela foi constituída como uma empresa que não fabrica batatas e sim as suas próprias Pringles.
Tudo para evitar o pagamento de impostos, afinal de contas, de batata mesmo, aprenda, só tem flocos. E o resto da composição das famosas batatinhas de luxo é feito de uma junção de arroz, trigo, milho e mistura para dar forma.
Sucos
A pronto, agora um monte de gente vai dizer que não quer mais fazer dieta, já que nem suco se salva. Calma, não é bem assim também, é claro que se você fizer um suco direto da própria fruta, como uma laranja por exemplo. Ele não vai conter ingredientes duvidosos que você não conhece. Porém para a produção de sucos de fruta de caixinha ou garrafa, que não são concentrados, acontecem as seguintes etapas.
As frutas são cultivadas obviamente e são selecionadas as maduras e saudáveis para o suco. Depois é feita uma ligeira pasteurização dessas frutas para mantê-las frescas por mais tempo. O processo é bastante aceito, já que ajuda a manter os nutrientes naturais da fruta e preservando sua qualidade premium. Agora, se for um suco de fruta concentrado, as etapas se estendem um pouco mais.
O suco é aquecido para evaporar a água ou pode ser filtrado para depois ser concentrado por osmose inversa. Que é um tipo de processamento para separar os fluidos contidos ali, para retirar os sais e as impurezas. Assim é que nascem os sucos das prateleiras concentrados, é só adicionar água e misturar para ter um suco de qualidade. Depois eles são envasados de maneira que suas vitaminas e minerais sejam protegidos dos efeitos da luz do ar e temperatura.
Entretanto, em muitos casos são inseridos elementos para aumentar a vida útil desses sucos. Pois eles não vão durar semanas ou até meses por mágica, ou por nossa força de vontade. Além disso, também há marcas que misturam xarope e uma quantidade bem inferior de suco de fruta, além de sódio, açúcar e outros ingredientes sintéticos.
Machimelo
Que essas delícias possuem o sabor altamente artificial, todo mundo sabe. Mas afinal de que eles são feitos? As espuminhas macias e comestíveis, no início de sua produção eram feitas à base de uma flor que leva o mesmo nome. Porém com o tempo foram sendo adicionados outros ingredientes também artificiais e que são colocados ali para aumentar o prazo de validade. Bem como para reforçar o gosto e o aroma.
É o mesmo exemplo aplicado para fazer a gelatina, responsável por manter aquela textura leve e fofinha. Mas vale lembrar que a gelatina por sua vez é feita a partir da perfura de pele e restos de ossos de porcos e vacas que sobram das indústrias de carne.
Cogumelos enlatados
Talvez cogumelos enlatados para você sejam como o caviar do Zeca Pagodinho, nunca vi nem comi só ouço falar. Mas se algum dia você tiver a oportunidade de experimentar, ou procurar para comprar é melhor talvez saber um pequeno detalhe antes. Diante de qualquer comida enlatada industrializada, já precisamos ter os dois pés atrás. E no caso dos cogumelos enlatados é bom saber que eles possuem vermes literalmente. A estimativa é que para cada 100 gramas são encontrados cerca de 20 vermes, que são essenciais para que o produto se mantenha conservado. E aí, bora experimentar uns vermezinhos? Pelo menos vai ser uma degustação consciente!
Roupas de grife
Claro, claro, não podemos generalizar, mas de fato existem várias empresas que produzem roupas de grife e que já foram acusadas de usarem trabalho escravo em seu processo produtivo. Não precisamos citar nomes, certamente todo mundo conhece um, ou outro exemplo. Mas fica a dica de estarmos sempre atentos às situações legais, em que se encontram as marcas das quais você está comprando. Já que elas podem estar envolvidas em algum escândalo do gênero.
Consumir suas mercadorias pode ser uma forma de contribuir ainda que bem indiretamente.
Você não compraria se soubesse a origem – cerveja
A cerveja é fabricada há mais ou menos sete mil anos, então não é nada estranho que suas formas de produção tenham sido mudadas ao longo do tempo. O processo de fabricação da cerveja moderna é bem simples. Primeiro a cevada é colhida, aquecida, seca e quebrada. Depois os grãos são triturados, fervidos e colocados em um recipiente de fermentação, que é quando a mágica acontece.
A questão é que depois da fermentação muitas fábricas adicionam um ingrediente chamado isinglass, que é retirado da bexiga de peixes secos. Isso quer dizer que basicamente algumas cervejas contém moderadas quantidades de xixi de peixe. Esse diferencial inclusive é o que faz a bebida parecer mais clara depois de cancelada.
Molho para saladas
Se você tem o costume de cozinhar seu próprio molho, esse item nem entra na sua lista pessoal. Mas se não, vamos ver o que realmente contém os famosos molhinhos para salada industrializados. Dióxido de titânio: esse é o nome do composto central, ele é adicionado depois da mistura de todos os ingredientes típicos. A exemplo do mel, vinagre, ovos e sal.
O dióxido de titânio é o que faz um molhinho ficar mais branco e também atua como conservante, ajudando a prolongar a vida do condimento. Além de estar presente em alimentos, este composto químico também é muito usado na indústria farmacêutica, especialmente em filtros solares. Apesar de não parecer grande coisa, pesquisas afirmam que as pessoas ingerem até 1 trilhão de partículas de dióxido de titânio todos os dias.
A questão é que ele pode causar problemas de digestão e vários outros problemas estomacais. Portanto, ainda não confirmados mas que podem ter relação com a absorção dele.
Carne embalada
Com certeza você já olhou uma bandeja de carne embalada no mercado e achou a cor ou a textura um pouco suspeitas. Nesses casos é comum que os supermercados peguem carnes velhas e insiram corantes para que elas fiquem bem vermelhinhas e com aspecto de novas. Mas elas nem sempre são assim naturalmente né! A indústria se refere a esse tipo de carne como carne magra e com textura fina. Apesar de parecer um nome sofisticado, podemos chamá-las simplesmente de iodo rosa. Essa carne magra é feita de pedaços de carne e aparas.
São expostas a amônia para eliminar as bactérias o que nos faz pensar até que ponto a amônia é um risco para a nossa saúde. Se esse iodo rosa for processado de forma errada podemos apresentar patógenos altamente prejudiciais. Em 2012 quando informações sobre o iodo rosa chegaram aos noticiários brasileiros muitas empresas deixaram de usá-lo principalmente nos hambúrgueres.
O que mais assusta é que ainda assim as vendas de iodo rosa praticamente dobraram nos últimos anos.
Comidas e maquiagens vermelhas
A cor carmim vermelho é o ingrediente produzido através do esmagamento de uma espécie de inseto chamado cochonilha. Para se obter 500 gramas deste corante é preciso esmagar mais ou menos 70 mil desses insetos. Alimentos processados com sabor de morango, frutas vermelhas, ou tutti frutti por exemplo, geralmente contêm carmim. Já os cosméticos como blushes, batons, sombras vermelhas e rosas também podem conter o mesmo carmim.
Para saber se os produtos que você consome possuem carmim é só olhar a lista de ingredientes. Provavelmente ele estará listado como carmim, carmine, corante vermelho natural, ou cochonilha. Se agora você ficou com nojinho ou com dó dos insetos, existem alternativas. Como corante de beterraba para os alimentos e no caso das maquiagens muitas marcas aboliram o carmim adotando outras opções. Por isso é preciso checar os rótulos.
Salaminho
O famoso salaminho, acompanhamento tão comum para apreciadores de cerveja, entra nessa lista, entra tranquilamente. Isso porque ele contém mofo, pois é mofo, falando assim a gente até assusta. De forma geral o mofo é tóxico e pode produzir substâncias hepatotóxicas, que causam danos ao fígado. Neurotóxicas que causam danos aos rins e até cancerígenas que podem vir a causar câncer.
O salaminho é uma charcutaria, um embutido que possui mofo branco e liso, geralmente é inofensivo à saúde. Mas se você vê qualquer alteração nesta camada branca como filamentos pelos ou se estiver com aspecto pegajoso: o mofo precisa ser removido e todo o ambiente onde estava limpo. Na europa e muitos países os produtos com o mofo são bastante apreciados.
Mas esses são países com tradição e excelência na manufatura artesanal. Aqui pelas terras brasileiras, geralmente esses produtos são industrializados tratados com aditivos e maturados por pouco tempo. Ou sou muito rústicos e com pouco controle higiênico o que nos faz pensar duas vezes antes de apreciar essas delícias: e até querer procurar umas dicas de aperitivos bem apetitosos na internet. Você já sabia desses segredinhos escondidos em alimentos que podemos considerar tão comuns?